economia

2003: um ano para esquecer

A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turistícos do Algarve (AHETA) considera que o ano de 2003 foi para esquecer. Para 2004, as perspectivas continuam a não ser favoráveis.

O presidente da AHETA revelou, esta terça-feira, que o ano de 2003 foi o pior dos últimos dez anos no sector turístico. Num tom pessimista, Elidérico Viegas defendeu que a crise se instalou e veio para ficar.

«A crise traduz-se numa redução das taxas de ocupação de 3,2 a 3,3 por cento e, sobretudo, numa diminuição dos resultados líquidos das empresas na ordem dos seis por cento, o que é bastante significativo», disse Elidérico Viegas, em declarações à TSF.

Em 2004, mesmo com o campeonato europeu de futebol, os empresários perspectivam igualmente uma descida superior a cinco por cento nos resultados líquidos das empresas.

Segundo a AHETA, há segmentos - como a imobiliária de lazer, onde os resultados são mais negros.

Mendes Bota, vice-presidente da AHETA, refere que, com a reforma da tributação do património, Portugal é um recordista das taxas mais elevas sobre o imobiliário de lazer e aponta o dedo ao Governo.

«Houve uma intransigência total por parte do Ministério das Finanças, que nós responsabilizamos directamente, pela crise que, neste momento, se vive na imobiliária de lazer», sublinhou aquele responsável.

O mesmo responsável acrescentou que «essa crise teve também um impacto no turismo em geral, que levará anos a recuperar sobre a imagem de Portugal no estrangeiro como um destino credível para o investimento».