O PCP alertou, esta sexta-feira, que o crescimento da economia portuguesa poderá ficar aquém das previsões do Governo para 2006 e muito longe da média prevista para a União Europeia.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a economia portuguesa cresceu 0,9 por cento no segundo trimestre, face a igual período de 2005.
O ritmo homólogo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre representa uma desaceleração de 0,2 pontos percentuais em relação ao verificado no primeiro trimestre, refere o INE.
No entanto, de acordo com Agostinho Lopes, membro da comissão política do PCP, esse crescimento do PIB pode ser insuficiente para alcançar as previsões do Governo.
«Estes dados significam que o ritmo de crescimento anualizado - se o ano terminasse no primeiro semestre - seria de 0,8 por cento, bastante longe da meta de 1,1 por cento prevista pelo Governo para 2006», afirmou.
Para Agostinho Lopes, «a este ritmo de crescimento Portugal ficará aquém do crescimento previsto para 2006 e muito longe da média comunitária, onde se prevê um crescimento de 2,5 por cento».
Por seu lado, o Bloco de Esquerda (BE) considerou que, apesar do crescimento verificado no segundo trimestre, a economia portuguesa só dará «sinais de vitalidade» quando se verificar um aumento da oferta de emprego.
«A pequena subida registada é interessante e favorável, mas não deve ser desenquadrada da criação de emprego», disse a deputada Alda Macedo.