O novo aeroporto de Lisboa vai ser na OTA e não existe nenhum local alternativo. A garantia foi dada pelo ministro das Obras Públicas em Macau. Mário Lino disse ainda que Portugal quer duplicar em três anos as exportações para a China e aumentar o investimento chinês em Portugal.
O ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações reafirmou este domingo, em Macau, que o novo aeroporto de Lisboa vai ser na OTA e que não existe mais nenhum local alternativo.
Em declarações aos jornalistas, à margem da reunião ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Mário Lino refutou qualquer mudança de planos do Governo e recordou que a OTA foi escolhida depois de estudos efectuados em outros locais.
«A OTA foi escolhida no ano 2000 depois de estudos comparativos com Rio Frio num processo que advém de anos de estudos realizados em 15 ou 16 locais da região», afirmou Mário Lino.
O ministro garantiu também que em Outubro, «tal como está delineado», vai ser divulgado o modelo do negócio da OTA e recordou que recentemente, seguindo o que tinha sido feito pelo Governo anterior, o Executivo liderado por José Sócrates propôs à Assembleia da República a renovação da «reserva de utilização» dos terrenos da OTA para aeroporto.
Mário Lino disse ainda que o projecto do novo aeroporto está a avançar como planeado e não vê problemas no processo, na medida em que os prazos estipulados estão a ser cumpridos.
Portugal quer aumentar exportações para China
No final da reunião ministerial que definiu o plano de acção para a cooperação multilateral para os próximos três anos entre a China e os Países de Língua Portuguesa, Mário Lino disse estar «satisfeito» com a reunião.
De acordo com o governante, «Portugal definiu como objectivo duplicar as exportações para a China e duplicar o investimento chinês em Portugal».
Mário Lino identificou o turismo como a área principal de desenvolvimento da cooperação económica com a China e disse que sendo hoje a República Popular um país mais aberto ao exterior «Portugal não deve procurar apenas aumentar o número de turistas chineses a visitar o país mas também procurar o investimento chinês no sector do turismo».
Globalmente, acrescentou o ministro, a China e os países de Língua Portuguesa acordaram reforçar a sua cooperação em áreas como o turismo, infra-estruturas, indústria, troca de produtos, investimento e transportes.