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Fecho de fábrica irreversível, diz autarca de Nelas

O encerramento da fábrica da Johnson Controls em Nelas é irreversível, concluiu a autarca local após uma reunião com a administração da multinacional. Apesar do encerramento, Isaura Pedro diz que as indemnizações para os trabalhadores serão acima do previsto na lei.

A presidente da Câmara Municipal de Nelas concluiu, após uma reunião com a administração da Johnson Controls, que é irreversível o fecho da fábrica desta multinacional norte-americana que está instalada no concelho.

Por isso, Isaura Pedro entende que o Governo deve ajudar a minorar a maior crise laboral dos últimos anos que se está a abater sobre Nelas motivada pelo encerramento da unidade fabril da Johnson Controls aprazado para Julho de 2007.

Enquanto não vem este apoio de excepção que a autarca pediu ao Executivo, a presidente de câmara disse já ter a confirmação de que as indemnizações a pagar aos cerca de 650 trabalhadores da Johnson Controls serão acima do previsto pela lei.

«Conseguimos garantias de que, para além das indemnizações a quem têm direito, os trabalhadores vão ser recompensados pelo esforço e pelo nome que deram à empresa durante estes 15 anos», explicou Isaura Pedro à TSF.

A autarca adiantou ainda que estão a ser envidados esforços para minimizar a situação futura dos funcionários da Johnson Controls com contactos com o Centro de Emprego, com a Segurança Social e com o Gabinete de Acção Social da câmara.

«O apelo que faço ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia é que realmente olhe para este problema com especial atenção porque, para além de ser mais um a multinacional que abandona o país, esta é de particular interesse para a região porque estamos no Interior, que já por si é penalizado e discriminado», frisou.

Para além da unidade que tem em Nelas, a Johnson Controls pretende também fechar a sua fábrica de Portalegre, que dá emprego a 250 pessoas.

Redação