O secretário de Estado da Indústria reconhece que a subida de 15,7 por cento nas tarifas da electricidade para os consumidores domésticos é elevado, mas defende que, em última análise, a culpa deste aumento é dos consumidores.
Até este ano, a lei impedia uma actualização de preços acima da inflação, criando assim um défice tarifário.
Em declarações à TSF, o secretário Castro Guerra explicou que este défice só pode ser imputado aos consumidores.
«Foi quem consumiu energia no passado que gerou esse défice tarifário, que, naturalmente, tem de ser pago por quem o gerou», defendeu, sublinhando que esse défice «vai ser recuperado num prazo de três a cinco anos».
Castro Guerra lembrou ainda que os aumentos são da exclusiva competência da Entidade Reguladora do Sector Eléctrico (ERSE), mas admitiu que, no futuro, o Governo poderá vir a criar mecanismos que evitem aumentos tão elevados.