O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) diz que o Governo pondera aumentar a proposta referente ao subsídio de refeição em dois cêntimos por dia. Ainda assim, mantém-se «irredutível» na actualização salarial de 1,5 por cento.
No final da segunda reunião de negociação salarial, o presidente do STE disse que o Executivo «ainda pondera para a próxima reunião vir a actualizar em dois cêntimos o subsídio de refeição», passando o aumento de seis para oito cêntimos. No entender de Bettencourt Picanço, trata-se de uma proposta «inaceitável».
«Isto dá bem a ideia daquilo que é a atitude negocial por parte do Governo», sublinhou Bettencourt Picanço, acrescentando que a posição do Executivo em relação aos salários é «inegociável».
O ministro das Finanças propôs um aumento salarial de 1,5 por cento para 2007 e uma actualização das pensões de 2,5 por cento, no caso das reformas iguais ou inferiores a 1,5 salário mínimo nacional (SMN), e de 1,5 por cento para as pensões superiores a 1,5 SMN e iguais ou inferiores a seis salários mínimos.
O sindicalista adiantou que o STE chamou a atenção do Governo para o facto de os salários terem uma actualização de 1,5 por cento, enquanto que as aquisições de serviços, nalguns casos, chegam a 60 por cento.
«Não compreendemos que a austeridade seja só para as remunerações dos trabalhadores», salientou.
Questionado sobre a adesão do STE à greve convocada pela Frente Comum para os dias 9 e 10 de Novembro, Bettencourt Picanço afirmou que as estruturas sindicais estão em negociações.