A Anacom está contra os remédios propostos pela Autoridade da Concorrência a propósito da OPA da Sonae sobre a PT. As dúvidas da entidade reguladora das comunicações recaem sobre os remédios a aplicar para a junção da TMN e da Optimus.
A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) considera «impraticável» e «incontrolável» o modelo de remédios propostos pela Autoridade da Concorrência (AdC) na Oferta Pública de Aquisição lançada pela Sonae sobre a PT.
Segundo o «Diário Económico» desta terça-feira, o parecer da Anacom manifesta reservas no que toca aos remédios a aplicar no caso ser autorizada a junção entre a TMN e a Optimus.
A Anacom defende que o modelo da AdC apenas funciona na teoria, sendo a principal preocupação da entidade reguladora das comunicações o facto de a fusão destas duas companhias de comunicações móveis dar origem a uma empresa com 60 por cento da quota de mercado.
Embora o parecer da Anacom não seja vinculativo, o diário acrescenta que cabe à entidade reguladora das comunicações «a palavra final sobre o tema do espectro radiométrico».
Por seu turno, o «Jornal de Negócios», adianta que nem todas as alterações propostas pela Anacom no parecer que remeteu à Autoridade da Concorrência a 18 de Setembro foram aceites pela AdC.
A decisão final da AdC sobre a OPA da Sonae sobre a PT deverá surgir entre 27 de Outubro e 8 de Novembro, o que levará a que o desfecho da operação ocorra em Fevereiro, cerca de um ano após o lançamento desta operação.