economia

Sócrates anuncia défice de 4,6% para 2006

José Sócrates voltou esta terça-feira a apontar os sinais positivos da economia portuguesa e anuncia um défice de 4,6% para 2006. O primeiro-ministro afirma que, pela primeira vez em vários anos, a economia do país cresceu ao mesmo nível da média dos países europeus.

José Sócrates confirmou esta tarde que o défice orçamental deste ano não vai exceder os 4,6 por cento cumprindo-se assim a meta traçada pelo executivo no início do ano.

«Estou em condições de vos garantir que o défice orçamental deste ano não vai ultrapassar os 4,6 por cento, tal como propussemos no início do ano», anunciou o primeiro-ministro.

Num tom optimista, o chefe do Governo estimou também que no final do ano o crescimento económico poderá ser de 1,4 por cento tendo por base o aumento das exportações.

«O Governo prevê um crescimento de 1,4 por cento no final do ano. Não é ainda o crescimento que queremos, mas é uma inversão da tendência, porque esse crescimento é superior à soma de todos os verificados nos últimos quatro anos», sustentou.

José Sócrates referiu ainda que o crescimento económico que se registará no final de 2006 «teve como base o aumento das exportações e não o consumo».

«Pela primeira vez nos últimos anos, Portugal cresceu no segundo trimestre deste ano tanto como a média da União Europeia. Pela primeira vez, também, os resultados revelam que as empresas portuguesas estão a ganhar quota de mercado na economia global», salientou ainda, para concluir que o país está a registar «uma situação de mudança e de viragem».

Numa intervenção em que defendeu de princípio até ao fim a ideia de que Portugal atravessa um momento de «optimismo», Sócrates advogou que os sinais de confiança são também provocados pela «melhoria das contas públicas» que se vem registando desde o final de 2005.

Sócrates disse estar convencido que, até 2007, haverá uma redução contínua, tanto do défice, como da despesa pública em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB).

«A economia portuguesa vai crescer e as contas públicas vão ficar em ordem», garantiu.

Redação