Depois de congeladas as regalias e de decretado o fim das reformas douradas, o ministro das Finanças,Teixeira dos Santos, anunciou esta terça-feira, no Parlamento, que os salários dos administradores do Banco de Portugal não vão ser aumentados no próximo ano.
O ministro das Finanças anunciou este valor zero, mas defendeu que não deve ser imposto qualquer limite aos salários dos gestores públicos.
«Os vencimentos do Banco de Portugal foram congelados e foram restringidas as regalias de que usufruem», garantiu Teixeira dos Santos.
No que respeita a um tecto máximo para as remunerações dos gestores públicos, o responsável pela pasta das Finanças considera que «não faz sentido» impor este limite.
«Temos que ter gestores à frente de empresas que sejam bons profissionais e temos que lhes dar condições de remuneração que permitam atrair profissionais competentes», afirmou.
Segundo o novo Estatuto do Gestor Público, aprovado em conselho de ministros na semana passada, os gestores passam a estar abrangidos por um sistema de contratualização de gestão que decide sobre os objectivos a atingir e a consequente política remuneratória.
O novo Estatuto prevê que passe a existir uma componente remuneratória fixa e uma variável, sendo que esta última dependerá dos resultados obtidos face aos objectivos propostos.