O ministro da Economia, Manuel Pinho, diz que em 2008 e 2009 as tarifas da electricidade não devem ser aumentadas. No próximo ano os preços vão subir no máximo 6 por cento para os consumidores domésticos.
Na Comissão de Finanças e Orçamento, Manuel Pinho apontou três razões que justificam este cenário do não agravamento das tarifas da electricidade em 2008 e 2009.
«Não é natural que o preço dos factores de produção, nomeadamente o fuel óleo e o gás, suba tanto em 2007 como subiu em 2006 e 2005», disse.
«Depois estarmos a amortizar em dez anos o défice tarifário atenua a parte que é imputada a 2008 e 2009. Terceiro factor em 2009 vão entrar em funcionamento as novas centrais de ciclo combinado e deverão estar activas um total de oito», acrescentou.
A questão dos preços da electricidade para o próximo ano dominou grande parte da audiência do ministro e dos secretários de Estado no Parlamento, cujo tema principal era o debate do orçamento do Ministério da Economia e Inovação.
Manuel Pinho voltou a garantir a independência da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a quem caberá apresentar uma nova proposta à luz da decisão do Governo de conter os preços, afirmando que a situação foi resolvida «72 horas» após o ministério ter conhecido a proposta da entidade reguladora.
O ministro da Economia escusou-se a responder às críticas da oposição sobre as «trapalhadas» nesta matéria, como as classificou o deputado social-democrata Hugo Velosa, afirmando apenas que o problema relativo ao elevado aumento das tarifas foi resolvido «no momento certo».