O ministro dos Transportes e das Obras Públicas entende que o Governo tomou a decisão certa em relação às SCUT. Mário Lino explica que as regiões que vão ficar sem as auto-estradas sem custos para o utilizador não vão ser prejudicadas.
O ministro dos Transportes e das Obras Públicas considera que o Governo tomou a opção certa relativamente às SCUT, ao decidir acabar com as auto-estradas sem custos no Grande Porto, Norte Litoral e Costa da Prata.
Ouvido pela TSF, Mário Lino recusou a ideia de que o Governo está a prejudicar estas regiões que, segundo um estudo divulgado pelo «Público» e «Jornal de Notícias», estariam a ver, em grande parte dos casos, o seu PIB per capita regional a descer para níveis abaixo da média nacional.
«Não conheço nenhum critérios que diga que se aplicam portagens quando esses indicadores sobem ou descem, mas sim critérios que dizem que quando esses indicadores estão acima de determinado limite deixa de se justificar não terem portagens directamente suportados pelos utilizadores», explicou no programa «Fórum TSF».
Mário Lino disse ainda não concordar com a opinião do jornal «Público» que fala em algumas incoerências, avançando com o facto de as regiões às quais o Governo pretende retirar as SCUT estarem de facto a empobrecer.
«Essa é a opinião do jornal e não de quem fez os estudos. Mandei fazer estudos a empresas idóneas e depois pedi a uma terceira empresa que fizesse uma validação das metodologias e critérios utilizados», acrescentou.
O titular da pasta dos Transportes e das Obras Públicas admite que possam haver outras opiniões, mas lembra que o «Governo tem de se reger por critérios mais fundamentados para tomar decisões».
Para além da questão do PIB, segundo os jornais, apenas 18 dos 66 concelhos servidos por estas três SCUT têm um Índice de Poder de Compra superior aos 90 por cento da média nacional.