economia

FESAP acusa Governo de «intransigência»

O dirigente da FESAP afirmou, esta sexta-feira, que a reunião de negociação salarial com o Ministério das Finanças terminou sem acordo. Nobre dos Santos acusou o Governo de «intransigência» face às questões de natureza económica.

O Governo manteve as propostas anteriormente apresentadas em matéria salarial para os trabalhadores da Função Pública.

No final da reunião, Nobre dos Santos afirmou que os trabalhadores não estão satisfeitos com a política do Governo.

«Vai crescendo a indignação dos trabalhadores» e «há um grau de descontentamento cada vez maior dos trabalhadores portugueses», disse Nobre dos Santos, indicando que, independentemente da greve agendada para 9 e 10 de Novembro, «todas as formas de luta são possíveis».

«As soluções são muitas e estão na Constituição», sublinhou Nobre dos Santos.

O coordenador da FESAP adiantou, ainda, que, a partir de Novembro, se irão realizar reuniões sobre matérias gerais, como carreiras, vínculos e remunerações, afirmando que se a disponibilidade do governo para negociar «for igual à que tem sido até aqui, dificilmente haverá acordo».

Relativamente as pensões mínimas, Nobre dos Santos informou que o governo disse que ia estudar a questão mas não foi apresentado nenhum estudo nesta reunião, defendendo que não se deve passar para o próximo ano sem que a questão seja analisada.

STE diz que reunião foi de «loucos

Por seu lado, Bettencourt Picanço, do STE, considerou que, desta vez, o Governo não cedeu em nada.

«Nesta reunião, o Governo recusou rever a sua proposta face àquilo que é a revisão pelo INE da inflação prevista para este ano e para o próximo, dando ainda a nova notícia de que vai rever a lei da aposentação, penalizando ainda mais os trabalhadores», afirmou, sublinhando que se tratou de um encontro de «loucos».

Redação