economia

Sócrates não teme «guerra» com sector bancário

O primeiro-ministro considera que a banca vai aceitar «bem» as medidas de carga fiscal para o sector anunciadas esta terça-feira, mas escusou-se a quantificar o impacto que terão na receita do Estado.

Questionado à saída do primeiro dia de debate do Orçamento de Estado para 2007 sobre se não teme ter aberto uma «guerra» com a banca ao anunciar que irá aumentar a carga fiscal do sector, José Sócrates recusou essa ideia.

«Não temo», afirmou, acrescentando ter a certeza de que «a banca aceita rá bem as medidas», que imprimem «maior transparência» a um «sistema forte e competitivo».

José Sócrates escusou-se, contudo, a quantificar qual o impacto que as medidas relativas ao planeamento fiscal e à incorporação de prejuízos terão na receita do Estado, salientando apenas que se tratam de taxas «razoáveis e justas». «A banca só tem que lucrar com isto», sublinhou.

Instado a comentar as declarações do presidente do Governo Regional da Madeira, que classificou o discurso de José Sócrates na abertura do debate do Orçamento de Estado para 2007 como «mal educado», «mentiroso» e «doentio», o primeiro-ministro recusou fazê-lo, considerando um «excesso de linguagem».

«Não reajo», afirmou, acrescentando que «os portugueses já estão habituados a excessos de linguagem» de Alberto João Jardim.

Redação