economia

Oito inquéritos abertos em quase dois anos

Pelo menos oito mil inquéritos relativos a crimes económicos foram abertos entre Janeiro de 2005 e Outubro de 2006. De acordo com um relatório, citado pelo «Diário Económico», os crimes fiscais estão em baixa, mas as infracções de tecnologia informática estão em alta.

O Ministério Público abriu entre Janeiro de 2005 e Outubro de 2006 mais de oito mil inquéritos relativos a indícios de fraudes, corrupção, branqueamento de capitais, crimes fiscais e infracções de tecnologia informática.

Segundo o «Diário Económico», as verbas envolvidas nestes crimes ascendem a nove por cento do Produto Interno Bruto, inquéritos que surgem, em média, à razão de 13 por dia, incluindo fins-de-semana e feriados.

De acordo com o relatório de Segurança Interna, citado por este diário, só este ano já foram abertos mais de três mil inquéritos desta natureza, 42 por cento dos quais relativos a corrupção na Administração Local.

Este relatório indica também que apenas 25 por cento dos inquéritos abertos resultam em processos em tribunal, o que demonstra a dificuldade que existe em investigar este tipo de crimes.

Ainda segundo este documento, há para já um crime que parece ter diminuído uma vez que, no que toca aos crimes fiscais, em 2005 foram abertos mais de três mil inquéritos, contra pouco mais de 900 nos primeiros nove meses de 2006.

Em sentido contrário, estão as infracções de tecnologia informática que já contam mais inquéritos abertos nos primeiros nove meses de 2006 contra todos aqueles que tinham sido abertos em todo o ano de 2005.

Em termos de inquéritos relativos a branqueamento de capitais, corrupção e fraude, o número de inquéritos é sensivelmente o mesmo nos dois anos.

Redação