A economia portuguesa voltou a dar sinais de recuperação em Outubro, pelo 10º mês consecutivo, de acordo com os dados do Banco de Portugal, que destaca o andamento positivo do consumo privado. Menos positivas são as notícias relativas às taxas de juro no crédito à habitação, que registaram uma nova subida.
O indicador coincidente divulgado, esta sexta-feira, pelo Banco de Portugal, revela que a actividade económica subiu 1,3 por cento em Outubro, quando comparado com igual mês de 2005. Em Setembro, o indicador tinha subido 1,2 por cento.
O BP sublinha que a actividade económica «manteve a trajectória ascendente», numa altura em que o indicador coincidente completou dez meses consecutivos de recuperação.
Os dados da instituição liderada por Vítor Constâncio realçam ainda a continuação da recuperação do consumo privado, com o indicador coincidente a subir 2,4 por cento em Outubro, a um ritmo mais elevado do que em Setembro.
Ao nível do investimento, os sinais são mistos: as vendas de veículos comerciais ligeiros subiram, as vendas de cimentoa registarem uma queda menos acentuada, mas a confiança dos empresários no sector da construção caiu.
Quanto ao mercado de trabalho, as ofertas de emprego cresceram 6,6 por cento para 13 mil, a um ritmo mais elevado quando comparado com o mês de Setembro.
O indicador coincidente de actividade sintetiza informação relativa ao PIB, ao volume de vendas no comércio a retalho, às vendas de veículos comerciais pesados, às vendas de cimento, ao índice de produção da indústria transformadora, à situação financeira das famílias, às novas ofertas de emprego e ao enquadramento externo.
Taxas juro no crédito à habitação voltam a subir
Ainda segundo os dados do BP, as taxas de juro pagas pelas famílias portuguesas no crédito à habitação voltaram a subir em Setembro, ao mesmo tempo que os empréstimos abrandaram o seu ritmo de crescimento.
As taxas de juro pagas às instituições financeiras no crédito à habitação aumentaram para 4,49 por cento, depois de terem sido de 4,39 por cento em Agosto.