economia

Marca quer acabar com produção de Golf em Bruxelas

A Volkswagen quer acabar com a produção do Golf na sua fábrica em Bruxelas, uma decisão que coloca em risco o emprego de quatro mil dos 5200 funcionários da infra-estrutura, dizem os sindicatos. Estes dizem também que este poderá ser o primeiro passo para o encerramento desta fábrica.

A Volkswagen anunciou que pretende acabar com a produção do seu modelo Golf na fábrica de Bruxelas, uma situação que deverá provocar importantes reduções no número de trabalhadores na fábrica da capital belga.

Em comunicado, a empresa alemã explica que tudo fará manter o maior número de empregados na fábrica de Bruxelas e «apela a todas as partes para que tenham um comportamento construtivo em vista das condições difíceis existentes».

Segundo os sindicatos, as alterações a fazer na fábrica de Bruxelas deverão envolver o despedimento de quatro mil dos 5200 empregados da infra-estrutura, segundo os sindicatos.

«É a maior catástrofe que vivemos até agora. Na minha opinião, com 1500 trabalhadores, a Volkswagen Bruxelas não é viável. Este é o primeiro passo para o encerramento», afirmou o sindicalista Pascan van Cauwenberge.

Com o fim da produção do Golf na fábrica de Bruxelas, a Volkswagen apenas passará a produzir este modelo nas fábricas de Volfsburgo e em Mosel no que diz respeito à Europa Ocidental.

A marca, que quer reduzir a sua força de trabalho na Alemanha em cerca de 20 mil postos nos próximos três anos, diz que na Europa Ocidental o mercado automóvel está saturado e as fábricas estão subcapacitadas, sendo as exportações difíceis a partir desta região.

Palmela: notícia recebida sem surpresa

Na fábrica de Palmela, a notícia foi recebida sem surpresa, com António Chora, da comissão de Trabalhadores, a dizer que esta decisão já era esperada.

Ouvido pela TSF, António Chora disse ainda acreditar que a vaga de despedimentos que a Volkswagen anunciou na fábrica de Bruxelas não vai afectar Portugal.

Redação