economia

Bruxelas aprova redução de apenas 10-25% nas quotas

Em Bruxelas, os ministros das Pescas chegaram esta terça-feira a um acordo para uma redução de 10 a 25 por cento da captura de espécies que vivem em águas profundas, como é o caso do peixe-espada preto. Inicialmente, Bruxelas queria impor uma redução entre os 32 e os 25 por cento.

Vingou, assim, a posição de países como Portugal, que se opunham à proposta da Comissão Europeia que pretendia uma redução entre 32 a 25 por cento das quotas de pesca destas espécies.

Segundo o ministro da Agricultura e Pescas, Jaime Silva, apenas as quotas de pesca do tubarão nas águas continentais e dos Açores sofreram um corte de 25 por cento em relação à quota para este ano.

O ministro disse, em Bruxelas, antes da reunião, que a proposta da Comissão Europeia para as capturas em águas profundas é inadequada para Portugal.

«Vamos insistir hoje numa redução de 15 por cento e não mais», nas quotas de pesca de espécies de água profunda para Portugal.

À entrada para a reunião dos ministros responsáveis pelas Pescas dos 25 Estados-membros da União Europeia, Jaime Silva sublinhou ainda que a comissão não distingue entre a zona costeira portuguesa, onde - garantiu - não há problemas com os stocks, e as águas mais a Norte, onde a pesca de arrasto acaba por afectar muitas espécies.

«Temos pareceres científicos que dizem ser possível manter a quota», nomeadamente no que respeita ao goraz e ao peixe-espada preto, sublinhou o ministro, referindo-se à monitorização que é feita pelo Instituto de Investigação das Pescas e do Mar.

Em relação ao prejuízo que os pescadores poderão sofrer com a interdição da pesca até ao final do ano e a presumível futura redução de capturas, Jaime Silva referiu que continuam a ser pescadas outras espécies.

Redação