O plano de viabilidade para a filatélica Afinsa, apresentado esta quarta-feira por ex-gestores do grupo, prevê tornar 190 mil clientes em accionistas de 80 por cento da empresa, mas que receberiam a totalidade do capital em caso de liquidação.
O plano, apresentado pelo ex-presidente da Afinsa, pretende responder à alternativa de liquidação imediata da firma, acusada de burla e de fraude, permitindo a devolução aos clientes de 1,95 mil milhões de euros, o total dos seus investimentos.
Cano Cuevas explicou que o plano - apresentado como «convénio do devedor» no âmbito do processo de administração judicial a que está sujeita a firma - é «a melhor alternativa» para garantir menos prejuízos aos clientes e a possível sobrevivência da firma.
Em meados de Julho, o ex-presidente da Afinsa disse que a empresa tinha um passivo de 160 milhões de euros e activos no valor de 760 milhões de euros, além do valor total de investimento dos clientes que ascende a 1,92 mil milhões de euros.
As autoridades espanholas têm considerado esse valor de investimento - correspondente ao valor de catálogo dos selos comprados pelos clientes - um passivo, por se tratar de uma «obrigação» da empresa.
O plano hoje proposto inclui ainda a diversificação das fontes de rendimento da Afinsa que, além do sector filatélico se propõe utilizar a experiência na gestão imobiliária e na comercialização de materiais preciosos.