No final da reunião de concertação social, todos os parceiros sociais se mostraram satisfeitos com o acordo alcançado esta terça-feira com o Governo para um aumento de 4,4 por cento do salário mínimo nacional (SMN).
Para o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP), Francisco Van Zeller, «este acordo é um desafio muito grande e difícil, sobretudo para as gerações que aí vêm».
Admitiu que algumas empresas venham a fechar devido ao aumento do SMN mas considerou que esses sacrifícios são necessários para que outros sectores possam evoluir.
Para o secretário-geral da UGT, João Proença o acordo tripartido «é um sinal extremamente positivo que cria condições diferentes no domínio do diálogo social».
Segundo o secretário-geral da CGTP, Manuel Carvalho da Silva «o objectivo deste acordo é dar um indicador ao país que responsabiliza todos os portugueses numa necessidade de mudança, no combate à precariedade e à economia clandestina».
O sindicalista lembrou que a Intersindical tinha apresentado, há um ano e meio, uma proposta de aumento do SMN para os 500 euros até 2010.
«Não teremos 500 [euros] em 2010 mas em 2011, o que prova que afinal a proposta da CGTP não era demagógica, mas sim realista», concluiu.