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Junta Metropolitana diz que relatório do TC é «injusto e discriminatório»

«Injusto e discriminatório», é assim que a Junta Metropolitana do Porto classifica o relatório do Tribunal de Contas sobre a empresa Metro do Porto, que considera exagerados os vencimentos de alguns administradores não executivos, nomeadamente Valentim Loureiro e Narciso Miranda.

No documento foram assinalados como exagerados os vencimentos dos administradores não executivos e também o uso de cartões de crédito. A título de exemplo surgiam os nomes de Valentim Loureiro e Narciso Miranda.

O comunicado final da reunião da JMP, lido pelo seu presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considera que «provocar tão grande estrondo com elementos de gestão que são francamente melhores que os do Metro de Lisboa - que nunca mereceu do TC semelhante tratamento público - é grave, é injusto e profundamente discriminatório para uma região que se orgulha dum projecto público que, até hoje, não tem paralelo em Portugal em termos de eficácia e empatia popular».

O documento, aprovado por 13 dos 14 presidentes das autarquias da Grande Área Metropolitana do Porto (GAMP) - Luís Filipe Menezes, presidente da Câmara de Gaia, não compareceu - estranha que «das matérias abordadas no relatório final do TC, a par de pertinentes questões de carácter técnico, apareçam ilações e críticas de apreciação claramente política».

Considera ainda que «não é justo, nem eticamente aceitável» dar a ideia de que os administradores recebem a totalidade dos valores apontados, já que, por força dos mesmos, estão obrigados a abdicar de metade do seu salário como autarcas, o que reduz a soma efectivamente auferida para 750 euros líquidos - 25% do publicamente divulgado.

A Junta Metropolitana do Porto decidiu já pedir uma audiência ao Presidente do Tribunal de Contas para contestar um relatório que considera «lamentável».

Redação