economia

Tribunal Contas detecta «deficiências» no controlo financeiro

O Tribunal de Contas detectou «deficiências graves» no controlo da aplicação de apoios financeiros pelo Instituto Português da Juventude. A presidente do Instituto desvaloriza e sublinha que o Tribunal «reconheceu melhorias na actuação do IPJ» em relação à última auditoria.

O Tribunal recomenda que os beneficiários de apoios financeiros do Estado para a realização de projectos comprovem a sua aplicação nas finalidades previstas, de forma a permitir avaliar os resultados obtidos, apresentando os correspondentes relatórios de actividades e de contas, bem como documentos comprovativos de financiamentos e co-financiamentos.

Maria Geraldes sublinha, em declarações à agência Lusa, que o Tribunal de Contas «reconheceu melhorias na actuação do IPJ» em relação à última auditoria, no ano 2000, e esclarece que foi dados um «um prazo de 180 dias, ou seja, até 11 de Maio, para serem adoptadas medidas que melhorem os procedimentos» do Instituto.

«O Tribunal de Contas faz auditorias regulares que servem para identificar o que se pode fazer melhor», assinalou a presidente do IPJ, assegurando que «as recomendações já foram acatadas e adoptadas medidas para melhorar».

A responsável adiantou ainda que a auditoria foi realizada em Janeiro, altura em que «nem o IPJ nem muitas das associações [que o instituto apoia] tinham as contas fechadas», o que impediu a apresentação de documentos justificativos dos apoios.

Segundo o relatório do TC, o Instituto Português da Juventude não apresentou documentos comprovativos relativos ao protocolo realizado com a Associação Nacional de Jovens Advogados (ANJAP) e com o Instituto de Apoio à Criança, tendo apresentado documentos sem validade fiscal em relação aos campos de férias organizados pela instituição de apoio aos jovens.

Redação