Três construtoras e uma consultora foram alvo de buscas, na quarta-feira, no âmbito da «Operação Furacão», diz a imprensa. As autoridades procuram cruzar documentação encontrada na Mota-Engil, Zagope, Monte Adriano e Deloitte com outra já apreendida em 2005 noutras entidades.
As construtoras Mota-Engil, Zagope e Monte Adriano, bem como a consultora Deloitte foram, na quarta-feira, alvo de buscas no âmbito da «Operação Furacão» por suspeitas de evasão fiscal, noticia a imprensa desta quinta-feira.
Segundo o «Público», as autoridades estarão à procura de cruzar documentação das empresas com a que foi apreendida em 2005 na primeira vaga desta operação para apurar se foram utilizadas para lavagem de dinheiro, através de off-shores ou paraísos fiscais.
Fontes judiciais citadas por este diário referem ainda que outras empresas de menor dimensão foram também alvo de buscas, tendo algumas empresas manifestado a intenção de regularizar as dívidas relacionadas com a fuga ao fisco para se furtarem à responsabilidade criminal.
Já o «Diário de Notícias» avança com o facto de esta investigação envolver a maior parte das empresas relevantes da construção civil.
Por seu turno, o «24 Horas» fala na abertura de quatro inquéritos por causa de lucros ilegais em empreitadas do Estado.
Para além de evasão fiscal, o Ministério Público e a administração fiscal suspeitam que possa também haver branqueamentos de capitais e emissão de facturas falsas.
A «Operação Furacão», que teve início há um ano com investigações ao Banco Espírito Santo, Millennium BCP, Banco Português de Negócios e Finibanco, prosseguiu na segunda-feira com buscas aos Estaleiros de Viana e na terça-feira com buscas à construtora Soares da Costa.