economia

OPEP vai reduzir produção para baixar preços

A OPEP vai baixar a produção de petróleo em 500 mil litros/dia, a partir de Fevereiro, embora a redução dos preços no combustível não seja imediata em Portugal. Na reunião da OPEP, a Angola foi aceite como membro da organização.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai baixar a produção de petróleo em 500 mil litros por dia, a partir do início de Fevereiro, anunciou a organização, esta quinta-feira, durante uma reunião dos países exportadores, na Nigéria.

Actualmente, o cartel do petróleo encontra-se a 28 milhões de litros/dia, sendo que, com a redução de 2 por cento acordada, passará para 26,3 milhões, permitindo assim baixar o nível de preços.

A decisão foi tomada numa reunião com os países membros do cartel responsável por 40 por cento da produção mundial de crude, onde alguns países, como o Irão e a Venezuela, defenderam que o corte na produção deveria realizar-se ainda este mês, para estabilizar os preços.

Embora a quantidade da diminuição da produção tenha gerado dúvidas - entre 500 a 800 mil litros - os países exportadores mostraram-se de acordo relativamente ao facto de o mercado ter excedentes de fornecimento.

Como consequência, a Associação dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) acredita que já no próximo mês a gasolina e o gasóleo podem descer em Portugal.

«Não é imediata essa baixa de preços no nosso país», disse à TSF, Augusto Cymbron, presidente da ANAREC, acrescentando que «se continuar a desvalorização do dólar em relação ao euro é certo que iremos assistir a uma baixa dos produtos petrolíferos».

No entanto, as descidas nos preços não acompanham a baixa real das matérias-primas, sendo que a recente queda de 14 por cento no preço da matéria-prima na Europa foi acompanhada de uma baixa de apenas 2 por cento no preço da gasolina e do gasóleo em Portugal, segundo o Jornal de Negócios.

Durante a reunião, Angola apresentou oficialmente a sua candidatura a membro efectivo da OPEP, uma solicitação que foi imediatamente aceite.

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«Devemos caminhar ao lado dos países produtores, juntando-nos na política de protecção do sector», defendeu Desidério Costa, ministro angolano do Petróleo, frisando que o desejo de adesão à OPEP já remonta à independência do país.

Angola é actualmente o segundo maior produtor de petróleo da África subsaariana - apenas ultrapassado pela Nigéria -, prevendo as autoridades do sector que a produção atinja dois milhões de barris diários em 2007, com o início da exploração de novos poços.

Redação