A Vodafone Portugal mantém a posição de que a concretização da OPA da Sonaecom sobre a PT afecta a concorrência e critica o facto da Autoridade da Concorrência, perante criticas generalizadas, ter apresentado alterações mínimas no segundo projecto de decisão.
Em comunicado, a operadora liderada por António Carrapatoso adianta que entregou hoje à Autoridade da Concorrência (AdC) a sua posição face à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom sobre ao grupo Portugal Telecom (PT), em Fevereiro.
Nesse documento, «a Vodafone Portugal reitera as críticas comunicadas nas respostas entregues em Agosto, Setembro e Outubro últimos, aos projectos de decisão daquela entidade» relativas à operação, refere a operadora.
A operadora «lamenta que, apesar das manifestações generalizadas de desacordo dos contra-interessados, entre eles a Vodafone, e a própria Anacom [Autoridade Nacional das Comunicações], o segundo projecto de decisão apresentado pela AdC apenas contenha alterações mínimas face ao seu projecto inicial».
«Na realidade, foram ignorados comentários e sugestões essenciais» no segundo projecto de decisão, salientando que a AdC, apesar de alertada, «persistiu em não ter em conta a informação mais recente que, entretanto, lhe fora comunicada».
Para a operadora existem «omissões graves na informação recebida» que impossibilitam «o conhecimento pleno do âmbito, alcance e fundamentação da projectada decisão da AdC e das condições e obrigações impostas à Sonaecom, as quais não só prejudicam o direito de pronúncia da Vodafone Portugal, como a afectam directamente na qualidade de operador e prestador de serviços de comunicações electrónicas».