O Batasuna está a utilizar a internet como forma de difusão de propaganda.
O novo cenário para o jogo do gato e do rato entre o governo espanhol e os separatistas bascos do Batasuna, é a rede das redes.
O governo de Madrid bem que lançou medidas para bloquear a ligação às páginas Web daquela organização. Os resultados foram muito limitados. Como as páginas estão alojadas em servidores fora de Espanha, continuam activas e é possível chegar-lhes de várias maneiras.
Por exemplo, através dos chamados «mirrors», ou espelhos, que reproduzem as páginas originais noutros pontos da rede e estão acessíveis a quem não utiliza servidores espanhóis, que por isso mesmo não podem filtrar a ligação. Para além de tudo isto, acaba de entrar em funcionamento a página www.batasuna.tk, instalada na Polinésia e com livre acesso de qualquer parte do mundo.
Ao surgir a página www.batasuna.tk com um domínio que corresponde a Tokelau, um pequeníssimo enclave polinésio dependente da Nova Zelândia, deu-se um toque exótico ao assunto.
A complexidade da internet, com páginas consultáveis em qualquer lado, e neste caso alojadas muito longe da justiça espanhola, vem confirmar as dificuldades na aplicação de medidas de bloqueio , ou mesmo de encerramento de sites como aquelas que foram determinadas há semanas pelo juiz Garzón.
Já agora diga-se que Tokelau tem apenas 1.500 habitantes e uns 12 quilómetros quadrados de área. O seu mais recente negócio é a venda de endereços da internet baseados no domínio nacional tk. Os endereços com este domínio estão à venda por 25 euros anuais.
Para se conseguir encerrar sites com domínios destes, o processo é complicado. Pode demorar tempo, já que se trata de uma questão que cai no âmbito do direito internacional, sobre um assunto muito recente. E mesmo que o encerramento acabe por se dar, há outros paraísos digitais do tipo Tokelau à espera.