Os crimes cibernéticos custam biliões de dólares à economia mundial e são cada vez mais.
Howard Schmidt, o consultor para a cibersegurança do governo norte-americano, disse à Reuters que se tem dado muita atenção aos riscos das armas de destruição maciça, mas tem havido pouco cuidado com o aumento das ameaças no ciberespaço.
Para este especialista, vice-presidente do Critical Infrastructure Protection Board do governo de George W. Bush, o índice de criminalidade cresce, desde acções terroristas a hackers que não têm fronteiras. Quanto mais se depende do ciberespaço, quanto mais ele é usado, mais os ciberterroristas o vão explorar.
Howard Schmidt, que também é director de segurança da Microsoft, está em Londres para uma conferência sobre sistemas de segurança para redes de computadores.
Do vírus «Bugbear» ao «Code Red», a comunicação na internet tem estado constantemente ameaçada por epidemias virtuais que causaram estragos em computadores domésticos e de empresas, fosse qual fosse a sua dimensão.
O vírus Anna Kournikova é outro exemplo. Foi criado por um jovem holandês de 20 anos e espalhou-se por centenas de milhares de computadores através do e-mail. O perigo estava escondido num arquivo com a foto da tenista russa.
O Vírus do Amor, fez estragos por todo o lado. Foi detectado pela primeira vez na Ásia, em Maio de 2000. A distribuição desta destruidora ameaça foi controlada antes que causasse mais prejuízos, mas deixou entre as vítimas o Pentágono e a CIA, para além do Parlamento britânico.
Funcionários não avisados abriram e-mails com o assunto «I love you» e deram início a uma distribuição sistemática de mensagens infectadas. Houve administradores de rede que foram obrigados a desactivar os sistemas de correio electrónico.
Howard Schmidt reforçou a ideia de que a luta contra os hackers «não é uma batalha perdida, mas um intensa guerrilha». Na verdade, reconheceu que os incidentes ligados ao ciberespaço estão a crescer em número, sofisticação, intensidade e custos.