O Conselho da Europa quer acabar com o racismo e a xenofobia na Internet. O primeiro passo foi dado em Estrasburgo, onde o Comité dos ministros do Conselho aprovaram um protocolo que prever limpar da rede os sites que promovam o ódio racial.
A ideia base começou por ser a de que "tudo o que é ilegal fora da rede, também tem que o ser na Internet". Os ministros reafirmaram o seu compromisso com a luta contra o racismo e xenofobia na Internet. Foi aprovado um protocolo adicional à Convenção sobre "cibercrime" relativo a actos de natureza racista e xenófoba cometidos através de sistemas informáticos.
É suposto que esta adenda à Convenção Internacional sobre "cibercrime", assinada há um ano por 34 países, seja o primeiro instrumento jurídico de carácter obrigatório na Internet. Países como os Estados Unidos, o Japão, o Canadá e a África do Sul, estão entre os apoiantes desta Convenção.
Mas se for feita uma rápida busca através da rede, lá está o site do Partido Nazi Norte-Americano, onde se adopta a frase das 14 palavras : "temos de assegurar a existência do nosso povo e o futuro das crianças brancas". Partindo do site do Partido dos Trabalhadores Nacional-Socialistas Japoneses, encontra-se uma vasta rede de sites da mesma linha produzidos um pouco por todo o mundo. Com uma forte presença alemã, inglesa e espanhola, também por lá se encontram dois sites portugueses. Um, o Justiça e Liberdade, faz referência a uma repressão silenciosa e presta homenagem aos seus heróis. O outro, do Movimento Nacional Socialista Atlântico diz-se capaz de revelar o verdadeiro Nacional Socialismo e não o utópico que inspirou o III Reich. A página está ilustrada com uma pintura angelical de autoria de Adolfo Hitler.
Entretanto, um ano depois de assinada a Convenção Internacional sobre o Cibercrime, a União Europeia continua a trabalhar num sistema que elimine as manifestações racistas e xenófobas na Internet.
Século XXI
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