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A mancha negra

A mancha é mesmo negra e vem da Costa da Morte com a mensagem de que Portugal e Espanha voltam a encontrar-se em Finisterra. Neste mítico cabo peninsular dos velhos limites romanos da Europa o mar não tem fronteiras e a angústia já se espalhou pelas praias do alto minho.

Das Rias Baixas da Galiza chegam noticias alarmantes. Prestígio é nome de um barco partido ao meio. Derrama combustível. Ponto final, parágrafo.

Esta é a realidade da tragédia. Pescadores em terra, mancha negra no mar, gaivotas cobertas de crude. Ficam sem força as palavras possíveis nestas circunstâncias.

O navio sinistrado não entrará em portos portugueses anunciou o Ministro da Defesa, também ele com vontade de falar forte, patrioticamente ao ataque, mas com a voz a perder-se perante a fúria das marés e o crude que avança sobre um país indefeso...

Palavras Cruzadas

Crónica diária, de segunda a sexta, às 10h30m

Redação