Os grandes estúdios de produção cinematográfica elegeram a internet como a besta negra para a indústria do entretenimento. Se nada for feito, dizem, as super produções estão condenadas a desaparecer.
Rick McCallum, produtor de "Star War", chega a comparar a troca de ficheiros online, bem como a pirataria que lhe pode estar ligada, com o terrorismo. Mas enquanto o senhor McCallum deita as mãos à cabeça e se queixa amargamente da internet, a estreia de um novo filme da saga de Harry Potter bate todos os recordes de bilheteira, apesar de dias antes já circularem na rede cópias pirata do filme.
O produtor da "Guerra das Estrelas" garante que em 2005, os cibernautas vão poder retirar da Net cópias perfeitas dos últimos filmes estreados, usando programas do tipo Napster. Daqui, até ao apelo para um acordo internacional como o feito contra o terrorismo, vai um passo. Rick McCallum já o deu. Só que, apesar das suas polémicas declarações, ele não tem uma solução para ultrapassar a ameaça.
Mas a grave ameaça prevista pelos executivos das indústrias cinematográfica e discográfica, que também anda nesta guerra, contrasta em absoluto com os números. A estreia nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha de "Harry Potter e a câmara dos segredos", não foi ensombrada pela pirataria.
Os espectadores norte-americanos deixaram 86 milhões de euros nos cinemas, só no passado fim-de-semana, após a estreia do novo de Harry Potter. Na Grã-Bretanha aconteceu o mesmo.
O maior problema dos grandes estúdios vem, em grande parte, do futuro do DVD. O negócio do cinema em casa está a subir a olhos vistos, graças aos extras que os DVDs incluem. O problema é que os DVDs também se copiam.
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