Navegar anonimamente na internet é, para muitos cibernautas que vivem sob ditaduras, a única alternativa para conseguir visitar alguns sites sem deixar rasto.
A importância de algumas ferramentas informáticas que permitem este viajar incógnito, tem vindo a crescer. A organização Repórteres sem fronteiras já denunciou várias vezes o facto de haver, pelo menos, cinquenta e oito governos que atacam com mão pesada a liberdade de expressão na Web. Portugal não faz parte desta lista, mas surpreendentemente, ou não, para além dos países que já se espera encontrar na lista, há outros que serão uma surpresa para quem visitar o site dos Repórteres sem fronteiras .
Não se pode dizer que exista uma navegação anónima na internet. Fica sempre, pelo menos nos servidores, um registo. No entanto, utilizando alguns novos serviços, como o Anonymizer.com (www.anonymizer.com), é possível evitar aqueles filtros que impedem o acesso a certos conteúdos.
O procedimento é bastante fácil. Os servidores de internet - ISP - atribuem aos seus utilizadores uma direcção IP, que é um código formado por quatro números separados por pontos. Este número identifica o cibernauta em todos os sites que visita. O mesmo acontece com o correio electrónico, que também revela este número identificador. O que os serviços de navegação anónima fazem é colocarem-se entre o programa de navegação do cibernauta e os sites visitados. Quer dizer, dão a cara em vez das dos seus utilizadores.
Estes serviços não são cem por cento eficazes. Não funcionam com todos os sites, nem com os servidores seguros e às vezes até podem tornar a navegação mais lenta. O certo é que, mesmo com estas limitações, para muitos esta é a única maneira de aproveitar a grande janela aberta para o mundo que é a internet.
Século XXI
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