O fabrico dos processadores existentes nos computadores, pode ser considerado um perigo ecológico.
Embora sejam produtos de alta tecnologia com um pequeno tamanho, na verdade o seu fabrico é muito mais poluidor se for comparado com o de um automóvel.
A revista Science já chamou a atenção para este perigo, depois de ter recebido os resultados de um estudo feito pelo Instituto INSEAD com a Universidade Nações Unidas de Tóquio e a Fundação Nacional da Ciência dos Estados Unidos.
Fabricar um chip, ou um circuito integrado, consome 32 litros de água, mais de um quilo e meio de derivados de petróleo, para além de 72 gramas de diversas substâncias químicas.
Mas isto não é tudo. Para além destas substâncias serem nocivas, a relação entre a quantidade de materiais utilizados e o microprocessador, que pesa apenas duas gramas, é de 1:630. Se for comparada com a do fabrico de um automóvel, que é de 1:2, trata-se de uma proporção elevadíssima.
Acontece que, pese embora a crise que afecta o sector, a produção de processadores não pára de aumentar. Por isto mesmo, os responsáveis pelo estudo citado pela Science dizem que os efeitos nocivos para o meio ambiente também não deixarão de aumentar.
Para já a indústria lava as mãos. Garante que tomará medidas para ultrapassar a situação, mas não resolve o problema.
Século XXI
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