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Os efeitos colaterais do calendário

As últimas eleições autárquicas foram um autêntico golpe de estado eleitoral que levou à realização de legislativas antecipadas.

Faz hoje um ano que Guterres caiu nas principais cidades do País, mas, tirando três ou quatro excepções, há hoje um certo pudor em celebrar a vitórias dos novos presidentes de câmara que levaram o PSD ao poder.

Se houvesse memória em Portugal estaríamos hoje a reflectir sobre os efeitos colaterais do calendário na política e talvez chegássemos à conclusão de que o mais revolucionário agora é subverter a chamada agenda mediática.

As eleições autárquicas do ano passado provocaram uma mudança radical do mapa político português, mas muitos presidentes eleitos em 2001 devem hoje sentir na carne que se cumpriu, mais uma vez, a célebre máxima política segundo a qual todas as revoluções acabam por engolir os seus revolucionários autores.

Palavras Cruzadas

Crónica diária, de segunda a sexta, às 10h30m

Redação