Em declarações à TSF, o chefe de Estado considera que a audiência com o Papa Francisco, no Vaticano, foi um dos "factos mais significativos" do mandato enquanto presidente da República.
"Quando eu retenho os factos mais importantes do meu mandato até agora, esse foi um dos três ou quatro factos mais significativos", afirma, em declarações à TSF, o chefe de Estado, depois de questionado sobre a audiência com o chefe da Igreja Católica, no Vaticano, em março do ano passado.
Convidado a recordar o encontro - que ocorreu durante aquela que foi a primeira deslocação oficial do presidente da República -, Marcelo Rebelo de Sousa refere que se lembra do Papa Francisco como uma pessoa "muito especial", salientando ainda a proximidade que sentiu na meia hora passada junto do sumo pontífice.
"No trato com um chefe de Estado ele é exatamente como se fosse o pároco de uma freguesia, de uma cidade grande e, até, porventura, de uma freguesia pobre da periferia dessa cidade, a falar terra-a-terra dos problemas do mundo", conta Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações à TSF, em vésperas do centenário das "aparições" de Fátima.
Enquanto católico assumido, o presidente da República não esconde que, na audiência, esteve "o presidente e a pessoa", defendendo que "não se pode separar a pessoa do presidente".
"Tinha sempre presente que estava em nome de todos os portugueses, os católicos e os não católicos, as pessoas de outras crenças e sem crenças, mas percebendo - e sendo percebido - por estar à vontade na compreensão daquilo que é uma componente fundamental do múnus, isto é, da missão do Papa Francisco", sublinha Marcelo Rebelo de Sousa.