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Pai de bombista-suicida de Manchester detido na Líbia

Andy Rain / EPA

A juntar ao pai do homem que foi identificado como o autor do atentado - e que foi preso na Líbia -, a polícia inglesa deteve um quinto suspeito.

A polícia anunciou a detenção de uma quinta pessoa no âmbito da investigação do atentado suicida em Manchester, noroeste de Inglaterra, que fez na segunda-feira pelo menos 22 vítimas mortais.

A detenção foi feita numa localidade próxima de Wigan (noroeste).

O homem "estava na posse de um pacote que estamos a analisar neste momento", precisou um comunicado das forças policiais.

As forças de segurança britânicas têm sob custódia policial outros quatro homens, incluindo um irmão de Salman Abedi, identificado como autor do atentado de Manchester, que foi detido na terça-feira.

Pai detido na Líbia

A notícia está a ser avançada pela agência Reuters. Testemunhas contam que o pai do bombista suicida foi detido pelas forças de contra-terrorismo na capital do país.

O atentado foi perpetrado na segunda-feira quando um homem se fez explodir junto a uma das saídas da Manchester Arena, onde estava a terminar um concerto da cantora 'pop' norte-americana Ariana Grande, a que assistiam muitas crianças e jovens.

Vinte e duas pessoas morreram, além do atacante, e 64 ficaram feridas, 20 em estado critico, no atentado reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Salman Abedi, de 22 anos, britânico nascido em Manchester de país líbios, foi identificado pela polícia como autor do atentado.

Colegas denunciaram bombista em linha telefónica antiterrorismo

Um trabalhador comunitário muçulmano de Manchester contou à BBC que membros da comunidade telefonaram há anos para a linha antiterrorismo da polícia britânica para denunciar as opiniões extremistas e violentas do autor do atentado na Manchester Arena.

O trabalhador comunitário, que pediu para não ser identificado, disse que duas pessoas que conheciam Salman Abedi da escola fizeram chamadas distintas para a polícia.

Essas pessoas ficaram preocupadas porque "ele estava a apoiar o terrorismo" e tinha manifestado a opinião de que "ser um bombista suicida era OK", relatou.

"A propaganda é toda que os muçulmanos não vêm a público [denunciar o terrorismo], mas isto mostra que vêm e manifestam os seus receios", disse.

O membro da comunidade adiantou que as chamadas terão sido feitas há cerca de cinco anos, quando Abedi saiu da escola que frequentava no sul de Manchester (noroeste de Inglaterra).

A BBC questionou a polícia acerca desta alegação, mas não obteve resposta.

A emissora britânica adianta por outro lado que Abedi esteve recentemente num encontro em Manchester onde, segundo participantes, defendeu o valor de morrer por uma causa e fez declarações extremistas sobre atentados suicidas e o conflito na Líbia.

Na segunda-feira, Salman Abedi, um britânico de origem líbia de 22 anos, acionou uma bomba junto à Manchester Arena, onde estava a terminar um concerto da cantora norte-americana Ariana Grande.

O atentado, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, fez 22 mortos, além do autor do atentado, e 64 feridos, 20 dos quais permaneciam hoje em estado crítico.