Saúde

PCP quer explicações do ministro sobre médicos sem acesso à especialidade

Diana Quintela/Global Imagens

Grupo parlamentar do PCP pede a audição do ministro da Saúde com "caráter de urgência" para que esclareça as razões que levam a que cerca de 700 médicos não tenham acesso à formação de especialidade.

O grupo parlamentar do PCP entregou hoje, na Assembleia da República um requerimento em que solicita que Adalberto Campos Fernandes preste esclarecimentos na Comissão de Saúde "com caráter de urgência".

Segundo o requerimento entregue pelos comunistas, no passado dia 26 de maio foi publicada em Diário da República a lista de vagas de ingresso no internato médico deste ano, tendo sido disponibilizadas 1758 vagas. Contudo, depois de terem sido formalizadas 2466 candidaturas, um total de 708 candidatos terão ficado sem vaga para especialização.

Nesse sentido, Carla Cruz, deputada do PCP, afirma que considera que "mais uma vez, mais de 700 médicos ficarão sem formação médica especializada", dando seguimento a "uma política que vinha de 2015, de ter um conjunto de médicos indiferenciados", defendendo que se trata de "um retrocesso naquilo que é a formação médica" e "com repercussões sérias na prestação de cuidados e no Serviço Nacional de Saúde".

"Queremos que o Governo preste esclarecimentos sobre as diligências que tomou para a concretização desta medida, que está inscrita no Orçamento do Estado para 2017 e todo o processo que levou à conclusão de que apenas 1758 vagas serão abertas e não as 2466, que são aquelas que corresponderiam a todos os médicos em condições para aceder à formação médica especializada", afirmou, no parlamento, a deputada.