O Reino Unido vai avançar com uma medida inovadora na venda da pílula do dia seguinte. A partir do próximo ano vai ser comercializada sem receita médica nas farmácias britânicas, anunciou o ministério da Saúde.
A pílula do dia seguinte vai ser vendida em farmácias, sem receita médica, no Reino Unido, a partir do próximo ano, confirmou hoje o Ministério da Saúde britânico.
Até ao momento, este método contraceptivo só pode ser obtido, por jovens com mais de 16 anos de idade, depois de visita ao médico para justificar a necessidade do seu uso.
O recurso à pílula do dia seguinte tem provocado controvérsia entre os católicos britânicos, que questionam o facto de este contraceptivo ser abortivo, na medida em que é utilizado depois da mulher já ter sido fecundada.
O ministro da Saúde da Grã-Bretanha, Alan Milburn, vai defender segunda-feira no parlamento a venda livre desta pílula de emergência.
O objectivo é diminuir o número de casos de gravidez não desejada no Reino Unido, onde estes casos são mais elevados do que no resto dos países da União Europeia.
As pílulas do dia seguinte custam neste país 20 libras, o que equivale a 6.500 escudos e vão continuar a ser vendidas a mulheres com mais de 16 anos de idade.
O porta-voz para a administração interna do «governo sombra» do Partido Conservador, Ann Widecombe, condenou hoje esta decisão.
Os conservadores consideram a decisão errada, na medida em que pode conduzir os jovens a ter relações sexuais sem quaisquer precauções, com os consequentes perigos de contraírem doenças sexuais graves, incluindo a Sida