Os maquinistas da CP começaram uma greve de cinco dias em defesa de um novo regulamento de carreiras. Os comboios mais afectados serão os de longo e os suburbanos de Lisboa e Porto.
Os maquinistas da CP começaram uma greve de cinco dias às 0:00 de hoje, em defesa de um novo regulamento de carreiras.
Os comboios mais afectados serão os de longo curso (Alfa, Pendulares, Intercidades e internacionais), mas os suburbanos de Lisboa e Porto vão estar parados entre as 22 horas e as 6 da manhã de cada dia.
António Medeiros, presidente do Sindicatos dos Maquinistas (SMAQ), acredita que ainda é possível chegar a acordo com a Administração, caso contrário, a greve continua por cinco dias.
«A empresa exige que os maquinistas entreguem de uma vez o seu regime de trabalho. Não podemos ir mais além, porque damos mais em troca à empresa do que a empresa propõe aos maquinistas em termos de regulamento de carreiras», disse o sindicalista à TSF.
Segundo os sindicalistas, a CP queria, nomeadamente, liberalizar o regime de trabalho dos maquinistas, tornando-lhe o trabalho extraordinário obrigatório, submetendo-os a escalas de serviço quase diárias e flexibilizando- lhes completamente o horário, segundo o sindicalista.
Para minimizar os efeitos da greve a CP vai pôr autocarros à disposição dos utentes dos suburbanos do Porto e de Lisboa, sendo a ligação nacional do comboio Sud Expresso será igualmente assegurada por autocarro.
A CP convocou, entretanto, uma conferência de imprensa para a manhã de hoje para divulgar a sua posição sobre a rotura negocial e para falar sobre o impacto da paralisação na empresa.
A empresa garantiu que se disponibilizou para continuar as conversações, de forma informal, com vista a um acordo entre as partes.