Dezenas de alunos fecharam hoje de manhã as portas da Escola Básica 2+3 do Bocage em sinal de protesto contra a demora na execução das obras de impermeabilização daquele estabelecimento de ensino.
Segundo apurou a Lusa, os portões de acesso à Escola Básica 2+3 do Bocage foram fechados a cadeado entre as 08:30 e as 10:00, o que impediu centenas de alunos de comparecerem nas aulas.
As actividades lectivas foram retomadas durante a tarde, a partir das 14:30, mas apenas com um reduzido número de alunos - cerca de 10 por cento -, dado que os restantes haviam regressado a casa com os pais.
O coordenador do Centro da Área Educativa (CAE), José Evangelista, e a presidente do Conselho Executivo, Paula Ribeiro, já criticaram o encerramento da escola considerando que se trata de uma medida «injustificada».
José Evangelista justifica a demora de alguns dias no inicio das obras de impermeabilização da escola alegando que «só poderiam ser realizadas após um período de 48 horas sem chover».
Por sua vez, a presidente do Conselho Executivo da Escola, Paula Ribeiro, considerou que a iniciativa foi «desnecessária e fora de tempo».
«As obras de impermeabilização foram adjudicadas pela CAE na terça-feira da semana passada, mas o empreiteiro não poderia ter iniciado os trabalhos mais cedo porque entretanto não parou de chover», esclareceu Paula Ribeiro, acrescentando que os trabalhos de impermeabilização da escola começaram hoje de manhã, uma vez que não choveu nos últimos dois dias.
Contactado pela Agência Lusa o presidente da Associação de Pais, Henrique Guerreiro, declinou qualquer responsabilidade dos encarregados de educação no encerramento da escola, garantindo tratar-se de uma medida da exclusiva responsabilidade de alguns «alunos mais velhos».
O refeitório da Escola Básica 2+3 do Bocage está encerrado há cerca de uma semana e diversas salas de aula estão a funcionar apenas durante o período de luz solar, dado que a instalação eléctrica foi afectada pelas infiltrações de água provocadas pelas fortes chuvadas das últimas duas semanas.
Os problemas da Escola Básica 2+3 do Bocage deverão ser reavaliados hoje á noite em Assembleia de Escola, o principal órgão de gestão das escolas em que participam elementos do corpo docente e não docente e da Associação de Pais e Encarregados de Educação.