A comunidade portuguesa ainda não recebeu a ajuda prometida pelo Governo depois das cheias na Venezuela. Agora, os portugueses estão dispostos a invadir o consulado de Caracas se a linha de crédito continuar esquecida.
A comunidade portuguesa na Venezuela ameaça invadir o consulado em Caracas para mostrar o seu desespero pela falta de ajuda do Governo, um ano depois das cheias que afectaram especialmente os portugueses residentes no Estado de Vargas.
Os emigrantes exigem que o Governo português cumpra a promessa feita na altura: a atribuição de uma linha de crédito.
Há um grupo de cerca de cem pessoas que ameaça mesmo invadir o consulado de Caracas e ficar lá até que a situação seja desbloqueada.
Maria Andrade, natural da Camacha, ilha da Madeira, não consegue esquecer os dias de angústia em Carmen de Uria, que quase desapareceu no meio da lama.
Mantemos «a esperança na linha de crédito para recomeçar as nossas vidas. Já estamos desesperados porque não chega nada», desabafou.
Um ano a viver de esmolas é muito tempo. «Com o Governo daqui não podemos contar», sublinhou Maria Andrade.
Os emigrantes salientam que só querem aquilo que o Governo português lhes prometeu.
Contactado pela TSF, José Lello, secretário de Estado das Comunidades, preferiu não comentar nem as ameaças nem as queixas da comunidade portuguesa.