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Assinada Convenção contra crime organizado

Os participantes da conferencia da ONU sobre crime organizado assinaram hoje em Palermo a Convenção das Nações Unidas contra a criminalidade transnacional organizada.

O documento - assinado na presença do presidente da República italiano, Carlo Azeglio Ciampi, e do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, - contém 41 artigos e obriga os estados a considerar crimes quatro tipos de infracção: participação num grupo de crime organizado, branqueamento de dinheiro, corrupção e entrave ao bom funcionamento da justiça.

Um grupo de crime organizado é definido no documento como um grupo estruturado de três pessoas ou mais que agem de forma concertada com o objectivo de cometer uma infracção ou um crime grave para tirar, directa ou indirectamente, vantagens financeiras ou materiais.

Segundo o documento, o crime é considerado «transnacional» se for cometido num Estado mas planeado e controlado num outro Estado ou se for cometido num Estado mas com efeitos substanciais num outro Estado.

O chefe da diplomacia italiana assinou o documento em nome do país onde a Convenção foi assinada, que entrará em vigor quando for ratificada por 40 Estados.

A conferência na capital siciliana começou com um minuto de silêncio em memória das vítimas da Mafia.

«Os grupos criminosos não perderam tempo para utilizar e acompanhar a globalização da economia e as tecnologias sofisticadas. Os nossos esforços para os combater foram até agora fragmentados e as nossas armas obsoletas», sublinhou Kofi Annan, concluindo que a «Convenção de Palermo oferece um meio para combater o crime como um problema global».

Redação