Os conselhos de administração da CP e da Rede Ferroviária Nacional repudiaram hoje as acusações do Sindicato dos Maquinistas, que as responsabilizou pela morte do condutor da composição que caiu segunda-feira ao Rio Douro.
Os conselhos de administração da CP e da Rede Ferroviária Nacional (REFER) repudiaram hoje as acusações do Sindicato dos Maquinistas, que responsabilizou as duas empresas pela morte do condutor da composição que caiu segunda-feira ao Rio Douro.
A CP, que explora o transporte ferroviário, e a REFER, gestora da rede de via férrea nacional, emitiram um comunicado conjunto onde «repudiam a acusação de negligência» da estrutura sindical, «não reconhecendo a qualquer Sindicato competências e capacidades técnicas de avaliação das condições de segurança da infra-estrutura ferroviária».
O Sindicato considera que o maquinista Bruno Vieira faleceu «vítima indefesa» de um acidente que «podia ter ser evitado caso tivessem sido tomadas as máximas providências».
O desastre ocorreu quando a composição embateu num grande penedo que caíra para a linha, provocando o descarrilamento da comboio regional e levando a máquina a cair no Rio Douro.
A CP e a REFER contestam esta acusação, considerando que o Sindicato dos Maquinistas está a fazer o «aproveitamento» da situação, utilizando-a como «forma de luta político-social».
Os maquinistas cumprem actualmente uma greve de cinco dias que deverá terminar sexta-feira e decretaram para quarta-feira uma paragem de todos os comboios durante um minuto, às 10:00, em homenagem ao colega falecido.
As duas empresas «não aceitam a acusação de que um acidente, provocado por condições climáticas adversas, possa representar qualquer perda de segurança no mais seguro meio de transporte que é o ferroviário», refere ainda o comunicado.