A Junta Metropolitana do Porto contesta o aumento das tarifas de água, decidida pela empresa de Águas do Douro e Paiva. Vieira de Carvalho diz que a subida é inaceitável.
A Junta Metropolitana do Porto considera inaceitável o aumento de seis por cento nas tarifas da água, decretado pela empresa de Águas do Douro e Paiva.
Vieira de Carvalho contesta a decisão. O presidente da Junta e da Câmara da Maia lembra que a empresa tem lucros suficientes para evitar uma subida desta natureza.
«Acho esse valor inaceitável, como aliás me parece praticamente inaceitável qualquer aumento.»
O autarca questiona o porquê do presidente do concelho de administração de Águas do Douro e Paiva decidir aumentar as tarifas ao mesmo tempo que concede 16 meses de salários aos trabalhadores da empresa.
«É uma empresa altamente lucrativa e a expressão exterior, para além dos números que são conhecidos, é a circunstância de na mesma altura que decide fazer um aumento de seis por cento sobre a água, tomar a deliberação de pagar ao seu pessoal e à sua administração 16 meses num ano apenas, em lugar dos 14 meses habituais», disse Vieira da Silva.
As duas medidas são incoerentes para o presidente da Junta Metropolitana do Porto. Para Vieira de Carvalho se existe dinheiro a mais, devia reverter também a favor dos consumidores.
«Se uma empresa nada em dinheiro e se o seu objectivo é o serviço público, o seu aumento deve ser zero, isso significa apenas que estamos a pagar a água mais cara do que devíamos».
Viera de Carvalho salienta ainda que no fim as autarquias é que vão ter de assumir o papel ingrato de cobrar o aumento aos consumidores.
Por isso vai levar o assunto à próxima reunião da Junta Metropolitana do Porto, já que não considera satisfatórias as explicações que recebeu de Nuno Cardoso, o presidente da empresa do Douro e Paiva e também da Câmara do Porto.
O aumento das tarifas de água afecta 14 municípios, metade deles ficam na área metropolitana do Porto.