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«Princípio de precaução» em estudo

Jorge Moreira da Silva, eurodeputado do PSD, vai levar hoje ao PE uma proposta para que os telemóveis passem a ter avisos sobre as consequências para a saúde. O Parlamento vai discutir o chamado «princípio da precaução».

O eurodeputado Jorge Moreira da Silva propõe hoje em Bruxelas que os telemóveis passem a ter avisos sobre as consequências para a saúde. O Parlamento Europeu vai discutir o chamado «princípio da precaução», que já tem sido aplicado em vários casos considerados de risco, como por exemplo, os produtos geneticamente modificados.

Segundo a TSF, Jorge Moreira da Silva apela à Comissão Europeia para que seja aplicado o «princípio de precaução» aos telemóveis e para que os Quinze exerçam pressão sobre os fabricantes, de modo a que estes realizem estudos sobre os efeitos maléficos para a saúde.

O eurodeputado do PSD diz que já são bastantes os estudos que levantam dúvidas quanto às consequências do uso dos telemóveis.

«Não se entende que, face ao número de estudos que têm vindo a ser realizados (...) que apontam não só para uma incerteza mas também para uma relação de causa/efeito (...) não se percebe porque razão a União Europeia, que tem sido tão rápida noutras matérias e noutros produtos fabricados do lado de lá do Atlântico, não é tão conscienciosa, tão judiciosa e tão rápida, quando se trata de aplicar o 'princípio da precaução' no uso dos telemóveis», declarou à TSF.

Jorge Moreira da Silva salienta que por alguma razão o número de tumores cerebrais duplicou nos últimos anos.

De qualquer modo, Moreira da Silva não quer ser alarmista. Para o eurodeputado português não está em causa a proibição dos telemóveis, mas considera necessário denunciar a lentidão da União Europeia nesta matéria, sobretudo quando um Estado-membro, o Reino Unido, já avançou com a aplicação do «princípio de precaução».

É esse mesmo princípio que Jorge Moreira da Silva quer ver aplicado também noutros países. Tudo por causa das incertezas que existem sobre os riscos das radiações dos telemóveis.

Agora, resta esperar pelo resultado do debate, realizado hoje no Parlamento Europeu.

Redação