Os alunos do ensino secundário de Coimbra protestaram hoje contra a reforma curricular do Ministério da Educação, seguindo o exemplo do Porto, Chaves e Lisboa. Ficou um alerta: ou a reforma recua, ou surgirão novas formas de luta
Os estudantes voltaram à rua em protesto contra a revisão curricular do ensino secundário. O palco dos protestos foi, desta vez, a cidade de Coimbra, onde o lema é o mesmo de sempre: pressionar o ministro da educação, Augusto Santos Silva, para que suspenda a reforma.
Depois das manifestações no Porto, em Chaves e em Lisboa, uistavo Ferreira, da Plataforma dos Estudantes do Ensino Secundário do distrito de Coimbra espera que o protesto de hoje faça o ministro voltar atrás.
«Espero que seja desta vez que o Ministério da Educação abra os olhos e venha falar com os verdadeiros representantes dos alunos», afirmou à TSF, expressando ainda o desejo que Santos Silva «não tente passar as coisas por cima deles». E avisou: «Nós não nos calamos».
Questionado sobre qual a reacção dos alunos se a reforma curricular avançar mesmo, Gustavo Ferreira explicou que «vamos encontrar outras formas de luta» além das manifestações, não excluindo mesmo «um boicote total às aulas».
Gustavo Ferreira disse ainda que os estudantes não querem que «as coisas sejam feitas em cima da hora e esta revisão é mais um prova de que as coisas são feitas à pressa e não resultam».