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Advogados protestam, ministro concorda

O ministro da Justiça compreende o protesto dos advogados da Póvoa de Varzim. Com esta manifestação, os advogados procuraram sensibilizar o executivo, dizendo que não é possível despacharem os processos.

O ministro da Justiça, António Costa, compreende o protesto dos advogados da Póvoa de Varzim. É um protesto contra a falta de condições do Tribunal.

Com a manifestação desta manhã, os advogados procuraram sensibilizar o executivo para o facto de que com condições deste tipo, ser muito difícil dar andamento aos processos.

António Costa, dá razão aos protestos dos advogados da Póvoa de Varzim, que esta manhã se concentraram frente ao Tribunal da cidade, num protesto contra a falta de condições em que trabalham no Tribunal da Póvoa.

Sendo assim, o ministro compreende o protesto, mas tem uma justificação. António Costa refere que o ministério da Justiça ainda não conseguiu encontrar instalações alternativas.

O ministério tem feitos «esforços no sentido de encontrar novas instalações», já publicaram anúncios nos jornais para «encontrarmos instalações na Póvoa de Varzim», mas até agora não encontraram nada.

João Mariz, representante da Ordem dos Advogados na Póvoa de Varzim, explicou à TSF que não é possível os processos na cidade levarem andamento porque «são 5 juizes a fazerem julgamentos numa só sala» de audiência.

Cada juiz do Tribunal tem cerca de 3 dias por mês para dispor da sala de audiência, como cada juiz tem em mãos cerca de 1.300 processos, é quase impossível despachar os processos.

O presidente da Cãmara deu a garantia aos advogados de que o problema da sobrecarga das instalações do Tribunal local, vai ser resolvido «o mais depressa possível».

O autarca da Póvoa do Varzim, Macedo Vieira, disse ainda ter tido uma conversa a esse respeito com o secretário de Estado da Justiça, Eduardo Cabrita.

Macedo Vieira fez ainda questão de sublinhar que «surpreendentemente, recebi hoje um telefonema do secretário de Estado para comunicar que o director dos registos e notariado vem à Póvoa para se inteirar da situação».

Junto à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim estiveram hoje concentrados cerca de 80 advogados e juizes da região.

Os magistrados concentraram-se cerca das 09:30 frente ao Palácio da Justiça para protestar contra a falta de instalações para os serviços judiciais no actual edifício do Tribunal, que acolhe também as conservatórias do Registo Civil, Registo Comercial e Predial e dois cartórios notariais.

No final da concentração, os magistrados desfilaram até à Câmara Municipal para solicitar apoio ao presidente da autarquia.

Redação