O «Corvo» começou ontem a perder combustível mas as autoridades garantiram hoje que a situação está estável, não tendo registado novos derrames. Ainda é impossível chegar até ao barco.
O combustível derramado pelo «Corvo» dissipou-se no mar sem causar danos na zona costeira da ilha, segundo afirmou hoje o presidente da Câmara de Santa Cruz, Luís Reis.
O autarca explicou que os contentores se soltaram do navio, partindo em duas partes por vagas de mar alterosos, afundaram-se, não constituindo perigo para a navegação.
O porta-contentores «Corvo», encalhado desde a madrugada de sábado no ilhéu Praia (na foto), a sul da ilha Graciosa, partiu-se ontem de manhã devido à forte ondulação na zona, tendo começado a derramar combustível.
O capitão do porto de Angra do Heroísmo, Areias Figueira, assegura que não houve novos derrames e que o perigo está afastado.
Areias Figueira referiu também que as condições meteorológicas na zona farão com que o combustível, em caso de derrame, se afaste da costa e garantiu a existência na ilha de meios para impedir a sua aproximação de terra.
De qualquer forma, o secretário Hélder Silva sublinhou o combustível não constitui preocupação de maior, uma vez que se trata de gasóleo, um produto de fácil evaporização.
Porto operacional
Apesar disso, nos próximos dias, o rebocador destacado para a zona do armador do «Corvo», a Mutualista Açoriana, irá manter um «corredor de segurança» para garantir a operacionalidade do porto local.
Fica assim colocada de parte a possibilidade de ruptura de abastecimentos à ilha, que deve ser escalada, ainda esta semana, por um navio com carga prioritária.