John Cooper, o homem que introduziu o motor traseiro nos carros de Fórmula 1 e esteve na origem do lendário Mini Cooper, morreu hoje, aos 77 anos. Foi o primeiro carro britânico a vencer o Campeonato Europeu de ralis.
John Cooper, o homem que introduziu o motor traseiro nos carros de Fórmula 1 e esteve na origem do lendário Mini Cooper, morreu hoje, aos 77 anos, informou a família.
Filho do projectista e piloto Charles Cooper, John começou cedo a trabalhar com os automóveis, tendo fundado com o pai a Cooper Car Company, em 1946.
A dupla encontrou o sucesso no início da década de 50, na Fórmula 3, ao conceber um carro com um revolucionário motor traseiro, um conceito pouco ortodoxo para a época.
As dúvidas sobre as virtudes do modelo em veículos mais potentes, foram afastadas em 1958, quando Stirling Moss levou o Cooper à vitória no Grande Prémio da Argentina de Fórmula 1.
Foi o primeiro triunfo de um monolugar equipado com um motor traseiro na história da disciplina.
O Cooper conquistou a «dobradinha» em 1959 e 1960, com Jack Brabham a vencer o Mundial de pilotos e a equipa a competição dos construtores.
Apesar dos êxitos na disciplina rainha do desporto automóvel, Cooper granjeou mais fama com ao moldar um dos símbolos britânicos, o Mini, num carro de corrida ganhador.
Disponível para o público pela primeira vez em 1961, o Mini Cooper foi um caso raro de sucesso nas provas em que participou, principalmente nos ralis.
Foi o primeiro carro britânico a vencer o Campeonato Europeu de ralis, tendo triunfado no mítico Rali de Monte Carlo em três ocasiões.
O Mini Cooper, tal como o Volkswagen Carocha, cedo se transformou num veículo de culto, sendo considerado um dos carros do século.
Os últimos anos da vida de John Cooper foram passados em Worthing, no Sul de Inglaterra, tendo sido agraciado em 1999 com a Ordem dos Comandantes do Império Britânico, por serviços prestados à indústria automóvel.