A associação ambientalista Quercus reivindicou hoje a abertura de um inquérito para se averiguar o que fazia o navio chinês «Coral Bulker» a apenas uma milha da costa de Viana do Castelo.
A distância mínima de segurança na navegação marítima, perante más condições de mar é de seis milhas da costa, mas o «Coral Bulker» navegava a um milha.
Para o presidente da Quercus, Francisco Ferreira, é necessário saber quem falhou nesta situação, até porque «começa a ser importante definir mais rigorosamente as regras de trânsito marítimo nas costas portuguesas, face aos casos registados no último ano», sublinhou Francisco Ferreira.
Por outro lado, a Quercus recorda os casos de Aveiro em 99 e da ilha Graciosa, nos Açores, há poucos meses atrás, para alertar para a necessidade de «evitar que a costa portuguesa se transforme numa
ixeira da sucata marítima internacional».
A Quercus sublinha a existência, numa área de poucos quilómetros em torno do local do acidente desta madrugada, de uma praia com bandeira azul (Praia Norte) e de uma zona inserida na Rede Natura 2000, da União Europeia (Cabedelo e estuário do Lima).