A equipa técnica responsável pela trasfega do combustível do navio «Coral Bulker» deve deslocar-se ao local do acidente cerca das 8 horas desta quarta-feira para avaliar a situação.
Os técnicos da empresa holandesa que vai proceder à trasfega do combustível do navio só nesta manhã de quarta-feira vai avaliar a situação e analisar a melhor forma de retirar as centenas de toneladas de nafta e combustível ainda depositadas.
A única companhia que o "Coral Bulker" tem tido durante a noite são as pessoas que se têm deslocado ao local para observar a embarcação encalhada. «Tinha mais gente do que nas festas da Senhora da Agonia», ironizou a testemunha uma testemunha no local, segundo a qual a água do mar começa a estar de tal modo impregnada de gasóleo que os salpicos das ondas deixam os carros estacionados no local cobertos de uma película gordurosa.
O armador proprietário do navio passou a tarde de hoje reunido com as autoridades marítimas e governamentais portuguesas e decidiu encarregar da operação de trasfega do combustível a empresa holandesa que em 1999 efectuou uma operação semelhante no «Courage», encalhado frente a Aveiro.
A operação de trasfega deverá ser agravada por a nafta depositada no interior do navio estar muito possivelmente semi- solidificada. A nafta exige temperaturas superiores a 40 graus centígrados para se manter líquida, e isso que certamente já não acontece no interior do navio já que a casa das máquinas ficou inundada e o equipamento desligado.
O acidente ocorreu numa zona muito próxima de uma praia com bandeira azul e de uma zona inserida na Rede Natura, o Cabedelo e o estuário do Lima.