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Protecção Civil reúne-se com geólogo e arquitecto do prédio

A Protecção Civil de Coimbra está reunido com um geólogo e o arquitecto do prédio afectado pelo desabamento de terras na Avenida Elísio de Moura, para avaliar se é necessário e possível segurá-lo.

Os elementos da Protecção Civil de Coimbra reuniram-se com um geólogo e o arquitecto do prédio afectado pelo desmoronamento de terras na Avenida Elísio de Moura, para avaliar se é necessário e possível segurá-lo.

Carlos Gonçalves, comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra e membro da Protecção Civil, explicou que a dúvida consiste no facto de ser preciso retirar terra para segurar o prédio.

«Estão dois pilares partidos na zona poente, mas apesar de afectado o prédio dá a ideia de estar estável. O problema é que ao retirar terra pode haver um novo deslizamento, por isso vamos aguardar a achegada do novo arquitecto».

Uma noite de trabalhos

O desmoronamento de terras ocorreu cerca das 21:00 de quarta-feira, a partir da Rua António Jardim, num precipício de cerca de 30 metros, destruindo parcialmente um apartamento da ala poente e deixando soterradas várias garagens, que Carlos Gonçalves estima serem entre 25 e 30.

Até às 2:00 de hoje, quatro retro-escavadoras apoiadas por dois camiões retiraram terra, tendo os trabalhos sido suspensos na sequência de uma reunião dos elementos da protecção civil.

A primeira diligencia foi «fazer uma pesquisa exaustiva para ver se faltava alguém no prédio» e , para já, a possibilidade de haver pessoas soterradas está colocada de parte.

Depois de deitarem abaixo uma parede, os bombeiros conseguiram retirar cerca de 30 viaturas, «algumas com danos», mas o comandante dos Sapadores de Coimbra estima que outras tantas estejam debaixo de terra.

O presidente da autarquia, Manuel Machado, garantiu cerca das 3:00 aos moradores do prédio que poderiam dormir nas suas casas, tendo a maioria seguido o conselho. «Com excepção dos habitantes dos apartamentos até ao sexto piso poente, todos dormiram lá», referiu Carlos Gonçalves.

Já os moradores de três prédios da Rua António Jardim «foram aconselhados a não passar lá a noite», devido à forte possibilidade de um novo deslizamento de terras, que teria como consequência «a ruína completa dos prédios». «Em relação ao prédio que recebeu a carga da terra não se prevê que haja mais nada de grave», acrescentou.